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"HODIERNIDADE DA ARTE LITERÁRIA" | Frassino Machado

"HODIERNIDADE DA ARTE LITERÁRIA"    Que se passa com a Poesia? No universo da distinta Arte Literária, Nas suas ricas e variadas formulações, Têm-se revelado estranhas contradições Que a colocam, em seu devir, como arbitrária… A nomeada Arte, como coeva e originária Das primitivas letras, registos e inscrições, Sempre se apresentou, nas suas variações, Como de duas formas usuais subsidiária: Ou expressão corrida, livre e directa, Como acontece na fluência da linguagem; Ou expressão formal, pra distinguir mensagem, Dando-lhe uma sensibilidade mais concreta. Arte-prosa ou arte-poética – eis a questão Desta fenomenológica hodiernidade –  Confrontando dos cinzeladores a qualidade  A qual das duas práticas daremos razão? Eis a “contra questão”, sem nenhuma fantasia: Se na Arte Literária sobressai a Prosa-poética –  Mesmo que sublimando aqui e ali a estética –  Que se passa afinal co´ a verdadeira Poesia? Frassino Machado

"DIVAGÂNCIAS MINHAS" | Frassino Machado

"DIVAGÂNCIAS MINHAS" Não há dia que passe que eu não ande por aí Divagando de rua em rua, de vida em vida, Em busca das palavras qu´ inda não descobri  Para que a minha poesia fique enriquecida… São elas, hora a hora, a minha companhia São elas, todas elas, os meus instrumentos Ao ritmo de arpejos e de justa harmonia Saída desta lira e dos árduos talentos.  Meus talentos são laivos de minhas emoções, Sempre humildes e sempre ao leme dos sentidos, Às vezes sonhadores rodeados de ilusões, Ou quixotescos – trilhos loucos pervertidos…  De rua em rua, de vida em vida, longe ou perto Procuro em cada rosto, feito riso ou grito, Um horizonte, um oásis, ou um deserto Qualquer razão de ser para um poema escrito. Sentindo o grande Lorde, como timoneiro À sombra da bandeira de um fiel combate, Quero, como ele o fez, tornar-me mensageiro Partilhando a sua lira de engenho e arte. Na rua por onde vou há muitas armadilhas, E al