"DIVAGÂNCIAS MINHAS" Não há dia que passe que eu não ande por aí Divagando de rua em rua, de vida em vida, Em busca das palavras qu´ inda não descobri Para que a minha poesia fique enriquecida… São elas, hora a hora, a minha companhia São elas, todas elas, os meus instrumentos Ao ritmo de arpejos e de justa harmonia Saída desta lira e dos árduos talentos. Meus talentos são laivos de minhas emoções, Sempre humildes e sempre ao leme dos sentidos, Às vezes sonhadores rodeados de ilusões, Ou quixotescos – trilhos loucos pervertidos… De rua em rua, de vida em vida, longe ou perto Procuro em cada rosto, feito riso ou grito, Um horizonte, um oásis, ou um deserto Qualquer razão de ser para um poema escrito. Sentindo o grande Lorde, como timoneiro À sombra da bandeira de um fiel combate, Quero, como ele o fez, tornar-me mensageiro Partilhando a sua lira de engenho e arte. Na rua por onde vou há muitas armadilhas, E al