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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2018

“A NATUREZA SEM CORTINA” | Alfredo Costa Pereira

Aguarela de Amoacy “A NATUREZA SEM CORTINA” Na areia da paria, ao nascer do sol quantas vezes ali fiquei,  Reflectindo em tudo aquilo que na minha vida gostei e amei!... O encanto das manhãs sempre foi o meu prelúdio,  Porque do impacto da aurora nunca temi o seu repúdio… Conheço a cor do vento que ali sopra que gemendo põe as ondas a dançar…  E com um sorriso nos lábios e promessas nos olhos ali fico a adorar o mar… A saborear o brilho das gotas do orvalho matinal  E do som dos búzios no marulhar do mar musical…  E sem aviso um raio de sol rompeu a neblina,  Acendendo um clarão levantando a cortina  Onde a Natureza se escondia, ficando envergonhada!  Estava a amar na sua intimidade ficando agora iluminada! E vi as rochas morenas vestidas de verdes algas com picos bicudos A esperar as ondas que as abraçavam com seus braços carnudos!... Vi as ondas bravias a beijar as praias adornadas com algas brilhantes  Como sereias de braços abe

"SER OU NÃO SER LITERATO" | Frassino Machado

"SER OU NÃO SER LITERATO"  Ser ou não ser um literato Eis mesmo uma grande questão Escrever é um brioso acto Qu´ anda sempre de mão em mão. Não s´ escreve, porque não s´ escreve… Se s´ escreve, é um descalabro... Porém quem não deve não teme Ser ou não ser um literato.  Ninguém nasceu para escrever Mas teve de aprender a lição, Ser um literato e crescer Eis mesmo uma grande questão.  Agir e comunicar é firme Com palavras de bom trato P´ ra solidão ser mais sublime Escrever é um brioso acto. Fazer escrita não é fantasia, Da história é a consagração, E se é paixão torna-se ousadia  Qu´ anda sempre de mão em mão. Voam palavras em toda a parte E nunca é justo o denegrir: Qu´ o literato goze a sua arte Quem não o é que possa fruir. Na prosa, na poesia ou drama Ninguém é grande nem pequeno Quem escreve, a arte reclama E contestá-lo é um puro veneno!  Frassino Machado RODA-VIVA POESIA   www.frassinomach

"O Poema: Céu-Mar" | Ró Mar

"O Poema: Céu-Mar" Poeta do meu coração Espero sempre o teu poema,  Minha alma é solidão No teu tempo vão. O meu tempo não importa, O que importa no momento É saber que nesta porta Só entra o teu pensamento. Escreve-o de coração No dedilhar da tua pena A clave de nós só tem uma tradução Amor e poesia plena. Menina dos olhos doces Porque escondes teu olhar? Olho-te como se fosses Uma rosa de suave tocar. Nem eu sei bem… Mas, não ouso tais sentimentos, Quedo-me nos pensamentos Que sei que te vão bem. Se me quiseres olhar Com teu olhar de menina Eu me hei-de apaixonar Pelos teus olhos, Rosa minha. O carinho das tuas silabas Guardo pelo meu castanho olhar, Que dos teus versos se fez azul mar, Quiçá, um dia o sigas. Teus versos são como estrelas Que brilham no meu olhar, E, entre as estrelas mais belas É a ti que eu hei-de amar. O poema que nasceu do nada É agora o céu-mar… Que abraça o eterno

“PORQUE NA VIDA NOS LIGA O AMOR” | Alfredo Costa Pereira

Pintura de Florença Harrison “PORQUE NA VIDA NOS LIGA O AMOR” À tua prosa prefiro o meu verso, Se bem que a ame com ternura. Mas no belo eterno do Universo, Verso tem mais brilho e candura! Fala-nos à alma, ao sentimento; Têm a graça e leveza preciosas! Mas gosto das tuas belas prosas Quando definem um pensamento! Tuas prosas fluentes e de primor; É-me grato saboreá-las devagar, Sinto muito gosto em as guardar. E porque na vida nos liga o amor Os meus versos trazem a ventura E tuas prosas trazem-me frescura! Alfredo Costa Pereira https://www.facebook.com/alfredocostapereira

“A diáspora da linguagem” | Frassino Machado

  O filósofo helenístico Diógenes de Sínope, 413 – 323 a.C.,  aluno de Antístenes [discípulo de Sócrates]. EM BUSCA DAS PALAVRAS PERDIDAS “A diáspora da linguagem” Vêm de muito longe as palavras, de há muito nascidas Na permanente fala dos seres humanos distinguidos –  Saga do homo sapiens, em seus diálogos consentidos, Na convivência co´ as coisas e co´ as suas próprias vidas. As palavras vieram transmutar o uso dos sinais, Recriando por elas mesmas a ingénua linguagem Que vive no seu dentro em forma d´ ideia e de mensagem  Fazendo aproximar cada ser, por si, aos seus iguais.  Nesta diáspora interminável até aos dias de hoje As palavras geraram a arte do pensar e do agir E criaram, na sua identidade, um jeito de fruir O seu progresso, pela emergência do tempo que foge.  Longa odisseia se instalou, pela conquista da terra Esquecendo o ser de si pela vil ganância do poder Aquele poder qu´ a própria palavra fez acontecer Nascendo daqui a

“A ILHA DOS AMORES” | Alfredo Costa Pereira

Aguarela de Urban Scketchers “A ILHA DOS AMORES” Com pombas e gazelas  No meio de um oceano, Há uma ilha por engano Cheia de flores amarelas. Tem florestas de sonhos Estrelas, luares risonhos; Nunca chegaram barcos Pelas rotas dos astros. É perfumada, esta ilha Com canela e baunilha; O sol põe a pele escura, As pedras como brasas! Vamos? Abre tuas asas, E a tua sede de aventura!  Alfredo Costa Pereira https://www.facebook.com/alfredocostapereira

"OS SILÊNCIOS SÃO SEMPRE SINGULARES..." | Ró Mar

"OS SILÊNCIOS SÃO SEMPRE SINGULARES..." Os silêncios são sempre singulares... Movidos de uma força maior que o pensamento, Iluminados pelo astro-rei que lhes confere saberes, Dote de um tempo uno que transpõe o momento. E, é pelo singular de cada um dos singulares  Que se constrói vida em todos os seres, Que se prova o cálice da existência regendo o coração Em plena harmonia com a razão. Sempre que há silêncios há mundos singulares, Há frases tão concretas e definidas Quanto as gentes que destilam sílabas, Em suma, há universos diferentes pelos olhares. Ah, quem ousa deslocar as palavras Pelo tempo uno submete-se ao romper de searas! Os silêncios são sempre singulares... © Ró Mar http://ro-mar-poesia.blogspot.com  

"A POESIA FALA POR SI " | Frassino Machado

"A POESIA FALA POR SI " «Da afabilidade poética» Toda a Poesia tem a sua própria linguagem –  Que os antigos diziam que era a dos deuses – Aquela que provem, da sua inspiração P´la acção das Musas no decurso da viagem E que transporta na inefável bagagem Palavras reveladas pela imaginação…  Poesia-farsa que não passa de palavras, Sem conteúdo e esvaziadas de sentido, Que facilmente são levadas pelo vento Das encostas longínquas, donde correm lavas Que fazem delas panaceias desconchavas,  Num horizonte sem vivência e condimento… Palavras-água que permitem germinar Cada minuto, e cada hora e cada dia, As emoções genuínas de cada alma… Palavras-fruto que compete partilhar Fazendo cada ser poder-se transformar Em versos e poemas de sagrada calma. Poesia… não precisa jamais de alibi  Antes toda ela, em cada agir, fala por si!  Frassino Machado JANELAS DA ALMA   www.frassinomachado.net