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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2018

"FLOR DE UNO SER" - Ró Mar

"FLOR DE UNO SER" Flor de uno ser abre em pétalas de açucena, Pelo amanhã que a gente tem para viver, Livre de utopias e em poesias de se ver, Para que haja una felicidade plena. Primavera d' uma estação deixa florir O coração da nação pelo ano inteiro, Em raízes d' um cheiro imenso, a sorrir Pelo universo flores d' um lindo canteiro. Canteiro de ar namoradeiro ao peito E alva estrela a brilhar num céu que nos ame De verdade, quiçá abraço de uno encanto! Flor de uno ser beija a noite e acaricia o dia Pelo solstício d' uma era que sempre clame Natureza pela virtude de una poesia. © Ró Mar http://ro-mar-poesia-prosa.blogspot.pt/

"EM DIÁLOGO COM ÁLVARO DE CAMPOS" - Isabel Rosete

"NOTA SOBRE O NASCIMENTO DO MEU SEMI-HETERÓNIMO, IR, EM DIÁLOGO COM ÁLVARO DE CAMPOS", Isabel Rosete. «Na madrugada de 19 de Março de 2012 (Dia do Pai) sempre imersa, como em tantas outras, no solitário silêncio habitual da minha biblioteca – palco das minhas investigações, de muitas criações felizes e de alguns desesperos existenciais, que a escrita vai acolhendo e derramando – a propósito da re-leitura de algumas passagens do Livro do Desassossego do semi-heterónimo de Fernando António Nogueira Pessoa, Bernardo Soares, e da revisão do meu próximo livro, Fluxos da Memória (a publicar em breve), apercebi-me num instante repentino, como se de um relâmpago se tratasse, que para além da Isabel Rosete – há muito escritora de ensaios filosóficos, poéticos e literários (a publicar), ultimamente tornada poeta assumida (talvez desde 2008) – surgia uma “outra”, quiçá de si e/ou em si própria, auto-designada por IR. Aparece, entre os múltiplos poemas, assim o apurei de súbito, e

"OS CAMINHOS DA POESIA" – Frassino Machado

"OS CAMINHOS DA POESIA" – Frassino Machado «Lembrando Jorge de Sena» Num mundo cheio de trevas e de vã petulância, De alma vazia e sem um esteio de valores, Brota a luz da Poesia, a mais bela das flores, Que espalha à sua volta o calor e a fragrância. Poesia sem tempo, caminhando na distância, E procurando um horizonte de alvores Pela distinta essência dos elos condutores Que recriam uma arte de paz e tolerância.  São longos e sinuosos, todos os caminhos, Que à nobre Poesia compete percorrer, Por entre mil obstáculos que urge abater Arando a terra e retirando-lhe´ os espinhos.  Há pedras mais que muitas, em destino incerto, Há densos nevoeiros, frios e impenetráveis, Há desérticos trilhos, duros e insondáveis E há abutres e chacais, por vezes a céu aberto… Os caminhos da Poesia tornam-se aventura À imagem da diáspora do vate Jorge de Sena, E todo o poeta, tendo como arma a sua pena, Escreverá na água: tanto dá qu´ até que fur

"OS POETAS" - Alfredo Costa Pereira

Arte de Arte de Max-Liebermann-Flowers-at-the-Gardener "OS POETAS" Os Poetas notam em êxtase os infinitos; Entendem o cantar das águas, respiram  Ramos carregados de flores que miram!  Às Almas humildes dão tesouros escritos; Às almas ansiosas dão as silvas ardentes; Às almas fortes dão a doçura e meditação; Às tímidas a riqueza dos sonhos ausentes; Às severas a graça a ternura e a reflexão! São sonhos, gotas que vão desamparados Atirando! Quando a Lua passa em bênção No alvoroço das estrelas, ficam inspirados! São também dos Poetas, mistérios e todos Os deslumbres que os Homens pensam,  Envoltos na sua saudade, a seus modos! Alfredo Costa Pereira https://www.facebook.com/alfredocostapereira

"UM CERTO PESSOA" - Frassino Machado

Arte: Fernando Pessoa "UM CERTO PESSOA" Pessoa & Pessoa & Pessoa Dizem do Vate e da obra: Para uns, é génio em pessoa Para outros, é banha da cobra! Falando-se assim d´alguém Parece que a ideia destoa Mas há males que vêm por bem Pessoa & Pessoa & Pessoa. Daquele lisboeta Fernando Tudo se espera de sobra Nas Letras lá vai andando Dizem do Vate e da obra.  Entre a prosa e a poesia, Ora assim-assim, ora boa, Com fingimento ou mestria Para uns, é génio em pessoa. Entre labirintos e atalhos Seu engenho se desdobra Mas qual manta de retalhos Para outros, é banha da cobra… Há essa leve sensação Acerca do tal “Pessoa” Que se fica co´a ilusão Duma literatura à-toa. Não sei se há especialistas Que o possam comprovar Tais “pessoas” são modernistas Ou andam-nos a embalar? Modernismo é, sim, Cultura Seja em prosa ou em poesia, Merece mais a Literatura Do que a inútil fantasia! Frassin

Felizmente Há Luar! - Luís de Sttau Monteiro

Felizmente Há Luar!        Personagens:         Manuel - O mais consciente dos populares          Rita - A mulher de Manuel          Antigo Soldado - Um antigo soldado do regimento de Gomes Freire          Vicente - Um provocador em vias de promoção         Dois Polícias - Iguais a todos os Polícias         Vários Populares - O pano de fundo permanente         D. Miguel Forjaz , Beresford , Principal Sousa - Três conscienciosos governadores do Reino         Morais Sarmento , Andrade Corvo - dois denunciantes que honraram a classe       Frei Diogo de Melo - Um homem sério que destoaria nesta peça se nela não figurassem, também,          António de Sousa Falcão - O inseparável amigo, e         Matilde de Melo - A companheira de todas as horas de       O General Gomes Freire d’Andrade - que está sempre presente, embora nunca apareça. ACTO I      Ao abrir o pano, a cena está às escuras, encontrando-se uma úni